[Interfederal health networks: an instituting care arrangement or another management strategy?].
نویسنده
چکیده
Câmara Cascudo elaborou uma história do que tornou a “rede” um instrumento de diferentes usos e utilidades, não distinguindo classes sociais nem regiões brasileiras. Aqui, nos valemos das imagens de “rede” em epígrafe para comentar o artigo de Santos e Andrade: peça meritória de um debate que a saúde coletiva brasileira ainda vem fazendo de forma incipiente. Os autores propõem a implantação de “redes” interfederativas de saúde, constituídas entre entes federativos, a partir de alguns pressupostos. O primeiro deles abraça a ideia de que a sociedade atual funciona como uma “rede”, isto é, se ancora na dimensão imaterial do conhecimento como um produto, e na concepção deste como um processo de construção permanente. As “redes” estariam presentes em várias organizações, como as econômicas, permitindo a diminuição de custos e a crescente penetração nos mercados com melhores resultados econômicos. Além disso, uma “rede” tomaria como decisiva a utilização das tecnologias da informação, cujo desenvolvimento permitira a difusão de relações, em quaisquer campos. Nesta nova sociedade, portanto, a maior riqueza é virtual, o que faz dela a sociedade do conhecimento. No caso da saúde, a conformação de “redes” abrigaria a necessidade de se interligar serviços com o objetivo de melhorar sua eficiência e diminuir custos, expandir o acesso e interligar as políticas sociais intersetoriais; sempre com vistas à obtenção de ganhos em sua qualidade, eficiência, economicidade e alcance de seus fins, quais sejam, o supremo bem da saúde. Ao se unirem, os serviços se fortalecem, arrematam! 1 Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva, Departamento de Medicina, Universidade Federal de São Carlos. [email protected] Por que não, então, poderia ser útil a uma organização “social” como o Sistema Único de Saúde (SUS), que nasceu sob o signo da inovação, a adoção de novos paradigmas organizacionais para operá-lo? Para Santos e Andrade, esta inovação residiria na organização do sistema em “rede”, quer de serviços, quer de atenção à saúde, como expressão da interconexão, integração, interação e interligação de todos os níveis de densidade tecnológica do sistema. “Rede” dotada de elementos técnicosanitários e organizacionais que permitam uma gestão racional, eficiente, sistêmica e harmônica, com o objetivo de garantir o direito à saúde da pessoa humana. O segundo pressuposto é o da integralidade: aspecto desafiador que também exigiria uma resposta inovadora. Lembram os autores que é o conceito de integralidade que informa e conforma o SUS como uma “rede” de assistência à saúde de serviços e relações. Apoiam-se na definição da integralidade como fruto da visão sistêmica da vida, que nos compreende como totalidades integradas, cujas propriedades essenciais sempre serão do todo, uma vez que nenhuma das partes as possui isoladamente. E que será atendida, mediante a garantia, ao cidadão-usuário, de ações e serviços contínuos e articulados dentro do sistema, ou seja, nunca isoladamente em um município. A nossa menção inicial à “rede de dormir” ganha agora maior explicitude! Como quer que a imaginemos (“rede” de cuidar ou de organizar sistemas), a “rede” é uma trama de nós que se conectam. Tanto precisamos domá-la como a um cavalo que se monta quanto reconhecer que há muitas espécies de “redes”. Sendo uma trama bem disposta de nós e pontos conectivos, uma “rede”, contudo, também pode ser um dispositivo que reúne num plano único as diferenças. Por isso, à imagem da sociedade do conhecimento, queremos conectar a imagem de que a sociedade do conhecimento é também a sociedade dos fluxos, do devir incessante e dos “rizomas”, isto é, de crescimento excêntrico, desgovernado, multidirecional. Isto torna possível pensar uma “rede de redes de saúde”. Esta “rede de redes” é fluxo de multiformes maneiras, exatamente como a trama dos processos singulares e intercessores produzidos pelo trabalho relacional das equipes de saúde e seus usuários. 1681
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- Ciencia & saude coletiva
دوره 16 3 شماره
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تاریخ انتشار 2011